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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Vestes Sacerdotais


             “Muitos celebram as festas e as conhecem pelo nome, mas ignoram a origem histórica e ocasional. Merece isto a censura de proceder muito vergonhoso e ridículo” (São João Crisóstomo). Na Rússia, Vladimir, príncipe de Kiev, não se converteu ao cristianismo, depois de uma obra de persuasão missionária, mas graças ao encontro com beleza do culto divino. Guiados por este precioso presente, a Liturgia, traz símbolos visíveis para nos aproximarmos dos encantos celestes invisíveis. Vamos discorrer sobre as vestes e outros instrumentos sacerdotais, pois a Liturgia revela a grandeza do amor de Deus para com nossa sensibilidade terrena e opaca.




AMICTO

             Amicto: é a primeira veste que o Sacerdote coloca sobre os ombros e em volta do pescoço. Representa o elmo da salvação que defende o Sacerdote das insídias de Satanás. Ao vesti-la é rezada a seguinte oração: "Colocai, Senhor, na minha cabeça o elmo da salvação para que possa repelir os golpes de Satanás".




ALVA (TUNICA)

             Alva: é a antiga túnica romana e grega. É de linho e simboliza a pureza de coração com que o Sacerdote deve se aproximar do altar. Representa também a túnica branca com que Cristo foi vestido, por ordem de Herodes, para designá-lo como louco. Ao vesti-la, o sacerdote reza: "Revesti-me, Senhor, com a túnica de pureza, e limpai o meu coração, para que, banhado no Sangue do Cordeiro, mereça gozar das alegrias eternas".



CINGULO

             Cíngulo: é um cordão que o Sacerdote amarra na cintura impedindo que a alva se arraste no chão. Representa a mortificação necessária para a conservação da castidade. Representa também a corda com que Nosso Senhor foi amarrado, quando foi preso. O Sacerdote coloca-o dizendo: "Cingi-me, Senhor, com o cíngulo da pureza, e extingui nos meus rins o fogo da paixão, para que resida em mim a virtude da continência e da castidade".



MANÍPULO

             Manípulo: inicialmente era uma espécie de guardanapo, preso a um dos braços, utilizado nos banquetes antigos. Mais tarde passou a ser utilizado como lenço, pelos oradores, para enxugar o suor e as lágrimas. Hoje é utilizado por aqueles que possuem ordens maiores, preso ao braço esquerdo. É de seda, e da mesma cor da casula e com três cruzes. Simboliza o trabalho e as boas obras, feitas aqui na terra, com lágrimas, mediante as quais o Sacerdote conquistará o céu. Representa também a corda com que Nosso Senhor foi preso à coluna, para ser açoitado. Ao vesti-lo o Sacerdote reza: "Fazei, Senhor, que mereça trazer o manípulo do pranto e da dor, para que receba com alegria a recompensa do meu trabalho".



ESTOLA

             Estola: era um lenço luxuoso, mais comprido que o manípulo, utilizado por pregadores, indicando autoridade da pessoa que falava. Hoje é uma faixa comprida de seda, da mesma cor da casula, colocada ao pescoço, descendo para frente por ambos os lados. Simboliza o poder sacerdotal e a imortalidade ou glória eterna que o Sacerdote pede, ao revestir-se dela, rezando: "Restitui-me, Senhor, a estola da imortalidade, que perdi na prevaricação do primeiro pai, e, ainda que não seja digno de me abeirar dos Vossos sagrados mistérios, fazei que mereça alcançar as alegrias eternas".



CASULA

             Casula: seu nome significa "casinha". Era um grande manto que cobria todo o corpo do Sacerdote, permitindo passar somente a cabeça. Sua função era simbolizar o isolamento do Sacerdote com relação o mundo. Com o tempo, esse manto foi diminuindo, por razões práticas (era muito difícil fazer qualquer movimento com ele). Hoje a casula romana é aberta nos flancos para facilitar os movimentos do sacerdote. A casula é feita de seda da cor correspondente à Missa celebrada, possui uma grande cruz nas costas, simbolizando o jugo suave da lei de Cristo que o Sacerdote deve levar e ensinar aos demais a levar. O Sacerdote coloca-a, rezando: "Senhor, que dissestes: O meu jugo é suave e o meu peso é leve, fazei que o suporte de maneira a alcançar a Vossa graça. Amén".Durante a Santa Missa, o Sacerdote pode ser auxiliado pelos coroinhas, esses se vestem com batina e sobrepeliz.



BATINA

             Batina: Veste dos padres e seminaristas. É negra, representado luto ao mundo, para o qual o Sacerdote está morto, possui um colarinho branco representando a pureza. Na frente possui trinta e três botões, representando a idade de Cristo, e nas mangas possui cinco botões representado as cinco chagas de Cristo.



SOBREPELIZ

             Sobrepeliz: É uma espécie de alva de tamanho reduzido, chega o máximo na altura do joelhos, possui mangas largas e folgadas. Costuma ser de linho e pode ter rendas.






DALMÁTICA e TUNICELA

             Há ainda outros paramentos usados pelo Diácono e pelo Subdiácono, em Missas solenes: Dalmática e Tunicela: são paramentos de seda semelhantes à casula do sacerdote, e da mesma cor que ela, porém possuem mangas e formato mais próximo do quadrado. São utilizados, respectivamente, pelo Diácono e pelo Subdiácono. Indicam solenidade, e simbolizam: a dalmática, a Justiça, e a Tunicela, a alegria.



PLUVIAL

             Pluvial: é um grande manto usado pelo sacerdote e que chega até aos pés. É preso no peito por um broche. É utilizado em Missas solenes, onde muitas vezes há procissões. Seu uso antigo era para defender o Sacerdote da chuva.



VEL UMERAL

             Véu Humeral: é usado pelo Sacerdote nas bênçãos, transladações e procissões do Santíssimo Sacramento, comunhão para os enfermos, etc., e pelo Subdiácono, na Missa solene, para sustentar a Patena. Utilizado também para cobrir os objetos da Credência. É de seda, branca quando se trata do Santíssimo Sacramento, e da cor dos paramentos, na Missa solene.O Bispo, nas funções solenes reveste-se da cor violácea, símbolo da penitência e do sacrifício, em que devem viver para conduzir o seu rebanho.



SOLIDÉU

             Solidéu: é um pequeno gorro da cor violácea, seu nome significa "só para Deus". É utilizado pelo Bispo em todas as ocasiões, e em todos os lugares, exceto diante do Santíssimo exposto, e do Sumo Pontífice.






ROQUETE

             Roquete: é parecido com a sobrepeliz, possui, porém, mangas compridas e estreitas.





MURÇA

             Murça: capinha de cor violácea utilizada sobre o roquete, fechada na frente com botões.







CAPA MAGNA

             Capa Magna: grande capa com cauda e capuz, utilizada nas funções pontificiais.







ANEL

             Anel: de ouro, simboliza a caridade, possui uma pedra preciosa e significa a união do Bispo com a Igreja, e sua inquebrantável fidelidade.




BACULO

             Báculo: é um grande cajado de metal precioso, e relembra o cajado dos pastores. Possui uma das extremidade terminado em uma espécie de gancho, e a outra em ponta. Simboliza as funções do pastor: de atrair a ovelha, com a extremidade em gancho, e de atacar e ferir o lobo, com a extremidade pontuda.



Cruz Arquiespiscopal 

             Cruz Arquiespiscopal: possui uma haste, e se leva diante do Arcebispo, quando entra ou sai da igreja, ou quando se dirige solenemente a um lugar, com o crucifixo voltado para ele.






Palmatória: pequeno castiçal de cabo com uma vela acesa, como sinal de homenagem a sua dignidade.

Cânon: pequeno missal que fica na frente do Sacrário, ou no atril, em lugar do Missal Ordinário, para maior comodidade do Prelado que deve rezar, nele, orações especiais.

Meias e Sandálias: da cor do paramento do dia, significam que o Bispo é como Mensageiro divino, preparado para levar o Evangelho aos povos.


Denis Ricardo - Comunidade Parresia
Rodrigo Alves - Formador Comunidade Parresia

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