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quarta-feira, 18 de abril de 2012

O pecado dos anjos maus



Qual teria sido a prova a que foram submetidos os anjos? E qual teria sido o pecado dos que sucumbiram à prova?

Um pecado de soberba


Acredita-se comumente que tenha sido um pecado de orgulho, de soberba, pois a Escritura diz que “foi na soberba que teve início toda a perdição” (Tob 4, 14).
Santo Atanásio (séc. IV) o afirma explicitamente: "O grande remédio para a salvação da alma é a humildade. Com efeito, Satanás não caiu por fornicação, adultério ou roubo, mas foi o seu orgulho que o precipitou ao fundo do inferno. Porque ele falou assim: "Eu subirei e colocarei meu trono diante de Deus e serei semelhante ao Altíssimo" (Is 14, 14). E é por essas palavras que ele caiu e que o fogo eterno se tornou sua sorte e sua herança”.(Apud Card. P. GASPARRI, Catechisme Catholique pour Adultes. p. 345.)

Em que teria consistido essa soberba?


Segundo São Tomás de Aquino, essa soberba consistiu em que os anjos maus desejaram diretamente a bem-aventurança final, não por uma concessão de Deus, por obra da graça, e sim por sua virtude própria, como mera decorrência de sua natureza. Desse modo, quiseram manifestar sua independência em relação a Deus; eles recusaram assim a homenagem que deviam a Deus como seu criador e desejaram substituir-se a Ele e ter o domínio sobre todas as coisas: ser como deuses (cf.Gen 3,5).


São Tomás faz igualmente referência à seguinte passagem de Isaías — referente ao rei de Babilônia, mas geralmente aplicada a Satanás — para ilustrar o pecado dele e dos anjos maus que o acompanharam na revolta: “Como caíste do céu, ó astro brilhante [em latim: “Lúcifer”J, que, ao nascer do dia brilhavas? ... Que dizias no teu coração: ... serei semelhante ao Altíssimo” (Is 14, 13-14).


O pecado de Lúcifer e dos anjos que se revoltaram com ele teria sido, pois, um pecado de soberba, ou seja de complacência na própria excelência, com menoscabo da honra e respeito devidos a Deus.
Estes elementos se encontram em todo pecado — explica o Pe. Bujanda — pois quem ofende a Deus prefere a própria vontade, em vez da vontade divina, e nela se compraz.
FONT;

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