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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A Imaculada Conceição - Terror dos demônios





Qualquer um de nós que queira viver plenamente uma vida de crescimento espiritual e de constante adentrar na intimidade do coração de Deus, não pode em nenhuma hipótese ignorar a presença e importância DELA no plano da Salvação, sem o risco certo de perder a integralidade da fé cristã. ELA é o vínculo indissolúvel entre a Divindade do Verbo e a Humanidade assumida por Ele. Deus Pai quis que, para entrar na história humana, Seu Divino Filho atravessasse o corpo sem mácula da Mulher. Portanto, falar da Salvação é falar Dela. Falar de Jesus, do Seu Calvário, da Eucaristia, de todas as riquezas místicas da vida do Salvador feito homem, é ao mesmo tempo contemplar aquela que foi a primeira cristã, MARIA, tabernáculo vivo e verdadeiro do Esplendor da Glória do Pai.

Parece contraditório que a presença de Maria nos Evangelhos, ainda que muito silenciosa e discreta, seja justamente por isso um inexaurível manancial de aprendizado para nós cristãos. O momento da Anunciação, a fuga para o Egito, as Bodas de Caná... Cada uma dessas passagens nos traz ao coração a certeza de uma poderosa manifestação divina que tivera seu princípio no SIM dito naquele dia em Nazaré, naquele FIAT VOLUNTAS TUA de Maria, em resposta à mensagem que o Anjo lhe trazia. Já na saudação feita pelo Anjo podemos desfrutar de uma imensa riqueza espiritual. Ao dizer “Ave, cheia de Graça...” o termo “cheia”, que também podemos entender por plena traz para nós não o significado de uma realidade estática, como se Maria estivesse estagnada numa plenitude de graça que não se renova, mas que já tem seu termo final. O termo “cheia/plena” quer significar o transbordamento da Graça Divina em Maria por ela estar permanentemente sob a fonte dessa Graça. Assim, Maria torna-se receptáculo de uma Graça inesgotável que jorra do Coração do Criador para ela que seria mãe do Deus feito homem.

Se na Anunciação já se desvelava para nós a grandeza desta Mulher, esta mesma plenitude da Graça foi que fez com que ela se tornasse para nós o modelo de contemplação do rosto de Jesus. Mais do que qualquer criatura neste mundo, Ela nos ensinou a perfeita mística do ser cristão. No calvário, aos pés da Cruz, Maria é para nós também modelo de entrega, pois o seu Sim não fora dito somente em Nazaré, mas durante toda a sua vida e de modo ainda mais intenso nesse instante da cruz, em que ainda que seu coração de mãe não compreendesse, era necessário mais uma vez dizer ao contemplar o corpo do Senhor suspenso na cruz: “Fiat Voluntas Tua”. Tal serenidade não é para nós imagem de uma omissão ou de um masoquismo, mas antes, é a plena adesão ao plano de Deus para salvar o homem. Em Maria, a desobediência de Eva é redimida assim como em Jesus o pecado de Adão é lavado.

Por tudo isso, falar Dela é falar da maravilhosa ação divina no tempo, na humanidade, na história. Deus quis morar em nós e escolheu a Ela como primeira “casa”. Dela Jesus recebeu toda a sua humanidade, o seu jeito, o seu tom de voz, a cor dos cabelos... Ele a Ela pertencia de modo primaz, ainda que Ela mesma a Ele pertencesse por Ele ser Deus.

Termino esta pequena reflexão com um poema recitado em 1823, num caso impressionante de exorcismo. Nessa época, discutia-se entre os teólogos sobre a verdade da Imaculada Conceição, que só seria proclamada como dogma de fé trinta e um anos depois. Pois bem, dois frades foram convidados a exorcizar um rapaz e em determinado momento impuseram ao demônio que demonstrasse que Maria era Imaculada, obrigando-o a recitar um soneto. Note-se que o rapaz possuído era um menino analfabeto de 12 anos. Imediatamente Satanás pronunciou os seguintes versos:




Vera Mãe sou de um Deus que é Filho
E sou filha Dele, embora Sua Mãe
Ab eterno Ele nasceu e é meu Filho
No tempo nasci eu que sou a Mãe.
Ele é o meu Criador e é meu Filho;
Eu sou sua criatura e sua Mãe.
Prodígio Divino foi ser meu Filho
Um Deus Eterno, e me ter por Mãe.
O ser é quase comum entre Mãe e Filho
Porque o ser do Filho teve a Mãe
E o ser da Mãe teve também o Filho.
Ora, se o ser do Filho foi também da Mãe
Ou se dirá que foi manchado o Filho
Ou sem mácula se há de dizer a Mãe



Assim, entreguemos à Mãe Imaculada nosso coração de filhos, pedindo que ela nos cuide, oriente, mostre-nos sempre o caminho de Seu Filho. Que aquela que foi escolhida pelo Criador do Universo para ser o primeiro Sacrário da história nos ensine a adorar e contemplar Jesus Cristo.



http://comunidadeparresia.blogspot.com/2011/09/qualquer-um-de-nos-que-queira-viver.html
FONt:

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